Tuesday, 29 July 2014

A Ternura do Po(l)vo

Gosto de Polvo.

Daquele que não esqueço a primeira vez que o apanhei. Daquele que me encheu de tinta e que arranquei das rochas. A mão; Com ajuda de um ferro enferrujado. 

Não esqueço a vez em que o dei a provar aos ingleses. Que simpaticamente diziam i'll try. Que tão estranhas expressões faciais faziam só de olhar. Mais ainda ao provar. 

Daquela série La Piovra ( eu que de séries não gosto). Que retratava o Polvo. Não o que arranco das rochas; Nem o que dou a provar. Mas daquele bem proibido, que nos prova e nos consome.

O Polvo do Povo não é Proibido. Proibido é o Povo embrulhado no Polvo que em La Piovra aprendi que existia.

Mas que também existiam, Inglórios caçadores do "Polvo", que não desistiam de o tirar das rochas. Tal como o temos que tirar de nos. 

Gosto de Polvo. 
Não gosto do Polvo que embrulha o Povo. 
Eu que não sou Polvo nem Povo ( ninguém é povo). 
Nem tão pouco caçador de Polvos, aqui deixo a ternura do Polvo que gosto.

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